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A procrastinação tem sido um dos temas mais mencionados pelas pessoas durante as mentorias e treinamentos quando se fala em aspectos comportamentais. 

A procrastinação é uma das armadilhas da mente que mais atingido e incomodado as pessoas em muitas organizações.  

Procrastinação não é preguiça, mas um estado de baixa energia provocado pelo excesso de estímulos que provocam distrações e consequente inércia diante de uma atividade desafiadora, mas necessária.

Esse estado de paralisia e inércia cria uma dificuldade para iniciar ou dar continuidade a uma tarefa ou projeto. Esse comportamento tem sido os maiores sintomas da procrastinação e tem preocupado muitas pessoas.

Existem algumas causas, porém, mais recentemente, a procrastinação tem crescido, após as inúmeras opções de comunicação por meio das mídias sociais. As pessoas são bombardeadas com inúmeras informações e, mesmo que, a maioria delas não traga nenhum efeito prático e contribuição, elas acabam distraindo as pessoas e as tirando de foco.

É comum as pessoas ficarem por longos períodos, inertes, sem ação, deixando de cumprir seus compromissos, pelo simples fato de não ter energia e nem foco, provocados pelas distrações.

Esta falta aparente de comprometimento e engajamento das pessoas tem trazido para dentro das organizações uma série de questionamentos, incluindo até mesmo alguns estilos de gestão praticados atualmente, considerados mais flexíveis. 

Algumas lideranças começam a questionar os modelos de gestão mais liberais e, portanto, menos tradicionais e autoritários, como possíveis responsáveis pelo que consideram falta de comprometimento com os objetivos das organizações. 

O que as pessoas não entendem ou desconhecem é que as pessoas durante a vida, incluindo dentro das organizações, passam por altos e baixos. Ninguém consegue se manter estável durante todo tempo e, principalmente em alta, ou seja, com energia de sobra para realizar e continuar suas tarefas sempre com elevado nível de motivação e execução.

As pessoas quando por algum motivo estão distraídas, e, portanto, fora de foco, apresentam baixa nível de energia e, por isso, encontram dificuldades para desempenhar suas atividades, iniciando ou continuando algo.  

O excesso de estímulos externos faz com que as pessoas se distraiam e direcionem suas energias para coisas que exijam menor nível de energia, portanto, mais confortáveis, mais prazerosas e menos desafiadoras. 

Quem nunca se sentiu desmotivado para iniciar ou continuar algo na vida como ler um livro, fazer seu TCC, fazer um curso de aperfeiçoamento, entre outras coisas?  Mas a questão aqui é as lideranças têm percebido que ultimamente isso tem ocorrido com maior frequência e intensidade. Fato que tem sido percebido e revelado pelos próprios colaboradores.

Esse sintoma pode ser explicado pelas mudanças que estão acontecendo no mundo atual que tem produzido um ambiente favorável para os super estímulos. Eles estão distribuídos em tudo que possa encontrar dentro do ambiente de trabalho, nas redes sociais e no mundo ao nosso redor. 

Nas mídias sociais as pessoas postam somente o sucesso. Fracassos não existem e tudo parece perfeito. Isso nos estimula a sermos os melhores, os mais fortes, os mais inteligentes, bonitos e tudo aquilo que remeta a perfeição. 

Somos medidos pelo número de seguidores, pela indicadores de popularidade que nos cria a percepção de maior exposição, independentemente da qualidade do conteúdo e agimos para obtê-los a qualquer custo. Nós brigamos por exposição e audiência e isso acontece em todas as mídias sociais e segmentos. 

As pessoas são bombardeadas a todo momento com mensagens, notícias, informações, por meio de vídeos e todos os meios de comunicação que, no conjunto criam distrações e uma falsa realidade de que o mundo é perfeito e você precisa se inserir, nele. 

Você que trabalha no Agro, precisa a qualquer custo se diferenciar postando algo sobre o produto que vende, representa ou desenvolve, ou sobre tecnologia ou manejo. O importante é se expor, trazer algo, aumentar sua rede de relacionamento e, preferencialmente, se tornar referência em algum assunto que o torne ou o projete como um especialista na área.

Desta forma o nosso cérebro sofre estimulação constante de coisas confortáveis, bem melhores do que estudar, fazer um trabalho de conclusão de cursos, cumprir uma meta e fazer as coisas que precisam ser feitas dentro de um determinado tempo e que estão fora da rotina. 

Muitas pessoas lutam para iniciar um curso, mesmo sabendo da sua importância para o desenvolvimento da sua vida profissional. E um percentual igual ou maior, desiste no meio do curso. O mesmo acontece com academia, a prática de um esporte e por aí vai. 

A procrastinação é uma armadilha da mente que provoca uma espécie de prisão emocional, manifestado por emoções como distrações, ansiedade, medo de arriscar, insegurança, desconfianças, medo de mudar, enfim, um conjunto de aspectos que deixam você paralisado. 

O excesso de estímulos externos de maneira constante além de provocar distrações, faz com que com o tempo, o cérebro vá reduzindo os receptores de substâncias que estimulem as pessoas a criarem e produzirem, provocando uma sensação de paralisia ou estado de inércia. A procrastinação trava aspectos que estimulam a criação e a produção de atividades. 

São estas sensações de alta e baixa energia que provocam este estado de falta de constância nas pessoas pelas coisas. É esta oscilação que provoca a procrastinação.

Quando conseguimos neutralizar as distrações, a oscilação de energia se reduz, e a pessoa passa a produzir focando naquilo que deve ser feito. É como a pessoa voltasse a ter controle sobre a sua vida.

Quando você reduz os estímulos ao seu redor, o seu cérebro busca opções para se estimular, mantendo o foco e investindo energia nas atividades prioritárias e que tragam resultado, conforto e prazer. 

Durante boa parte de nossa vida, nós somos e fomos bombardeados com um monte de informações, por diferentes meios de comunicação que nos trouxeram muitas distrações e que fizeram com o tempo, com que o nosso cérebro reduzisse os receptores de substâncias que estimulassem as pessoas a criarem e produzirem. 

Por esse motivo, as pessoas acabaram perdendo a capacidade de encontrar satisfação na maioria das coisas que giram ao seu redor. São tantas as variáveis que as pessoas precisam controlar, e que elas acabam se perdendo e não encontram ânimo para começar.

A solução para a procrastinação está diretamente ligada a quebra desse ciclo. O primeiro passo para vencer a procrastinação é entender como ela funciona. O sistema de recompensa está adaptado a coisas mais fáceis, intensas e prazerosas, então, porque aceitar desafios, correr riscos e gasta energia em algo novo? É muito melhor e menos desgastante fazer o que sempre foi feito.

Então, umas das soluções para a procrastinação é o isolamento, a busca pelo ócio ou o tédio, para que desta maneira o indivíduo priorize o que deve ser feito. É o que muitos falam sobre ócio criativo. Escritores se isolam para escreverem livros, roteiros de filmes, novelas e criar obras de arte.

O ser humano não gosta do tédio que de maneira simples significa ter atividades com intensidade e frequência abaixo da sua capacidade de execução ou competência. 

Tente ficar por alguns minutos sozinho numa sala sem celular, sem ninguém que você conheça, sem conversar e sem ter o que fazer. Esse cenário induz você a buscar por alguma coisa. Quando estamos numa sala de espera de um médico, por exemplo, onde o silêncio governa, a inquietação é tão grande que você começa a ver revistas velhas sem saber o que está procurando, observa as cores das cortinas, detalhes da sala, entre outras coisas. É você tentando a todo custo vencer o tédio.

Então, se você precisa desenvolver um projeto importante e não está conseguindo, se isole, dê um tempo livre para o seu cérebro e você verá como será mágico. 

O cérebro fica esperando os estímulos com intensidade e frequência altas, para acabar com o tédio. Muitas pessoas se isolam de todos e do mundo, para realizarem uma tarefa ou projeto que não conseguem quando estão em ambientes estimulantes. Escritores de livros, filmes, peças teatrais usam deste recurso. 

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