O mercado do Agro como outros segmentos vem passando por grandes transformações em relação aos aspectos profissionais. Só o preparo técnico não é mais suficiente. As pessoas independentemente do cargo ou função, precisam apresentar e agregar características comportamentais.
Infelizmente, as transformações do mercado ainda não estão sendo acompanhadas pelos conhecimentos adquiridos durante o período de faculdade. As empresas, buscam por meio de seus programas de desenvolvimento, complementar esta formação, estruturando alguns cursos e treinamentos. Mas ainda, a maioria ainda não atende as demandas específicas do setor do agronegócio.
Você que se formou em agronomia, veterinária, zootecnia, engenharia agrícola ou qualquer outra profissão relacionada ao meio rural muito provavelmente não fez nenhuma disciplina ou recebeu algum treinamento ou curso sobre competências comportamentais durante a sua formação profissional.
Durante a minha vida de consultor, mentor e especialista em performance, foram poucas as pessoas que encontrei que tiveram algum contato com e esse tipo de conteúdo. E não raras as vezes em que as pessoas se queixam de não terem tido a oportunidade de serem desenvolvidas em muitas destas áreas comportamentais.
Há nítida consciência sobre isso, o que é muito bom. As pessoas não colocam barreiras para esse aprendizado, muito pelo contrário. Elas estão abertas e buscam por esse tipo de conhecimento.
Entre as dificuldades encontradas, alegam, limitações na liderança de equipes; como planejar e organizar rotinas; dar feedback; manter comprometimento e engajamento dos membros das equipes durante programas e campanhas; desenvolver espírito colaborativo e formar times que saibam trabalhar em equipe; fazer a gestão da produtividade das pessoas, além de outras.
Atualmente as empresas durante o processo de recrutamento e seleção estão buscando no mercado profissionais que possuam competências comportamentais na mesma proporção que as competências técnicas.
Isso tem ligado o sinal de alerta tanto das empresas quanto dos profissionais. Isso porque muitas vagas ficam abertas por longos períodos, esperando um profissional que mais se aproxime do perfil, como também, muitos profissionais, buscam nas empresas determinadas características que não são identificadas pelos mesmos.
Dependendo do cargo e função, as competências comportamentais tem ganho maior importância do que as próprias competências técnicas como são as funções de coordenação, supervisão e gerenciais.
A necessidade crescente por pessoas que tenham pensamentos estratégicos, mas desde que não percam a sua capacidade de execução, tem sido uma das características mais procuradas e valorizadas nos profissionais. Combinar planejamento com execução tem sido uma busca constante pelas empresas.
Diante das necessidades e carências crescentes do mercado, as empresas tem investido em programas de desenvolvimento e mentorias como forma de solucionar ou amenizar estas limitações.
A nossa empresa, tem se dedicado faz anos a este tipo de prestação de serviços, com foco específico nas empresas do agronegócio. Isso porque toda a nossa bagagem, conhecimento e estudos sempre foi direcionado para este mercado.
No caso específico do mercado Agro, há ainda poucas empresas e pessoas com foco no desenvolvimento e mentorias, para desenvolver profissionais com relação as competências comportamentais para esse mercado específico.
Nós atuamos nesse mercado a 10 anos e aplicamos os conhecimentos, estudos e a prática das consultorias e mentorias com base nos mais de 40 anos dedicado ao segmento Agro.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam e acham, as competências comportamentais podem ser desenvolvidas, similar ao que acontece com as competências técnicas.
O ponto de partida por um lado é conhecer as necessidades da organização e, por outro lado, é identificar as carências do profissional. Por meio do autoconhecimento e ferramentas específicas, é possível facilmente se fazer este diagnóstico.
Da mesma forma que se aprendeu sobre plantio, adubação, manejo das culturas, ou qualquer outra tecnologia, você pode aprender sobre gestão da produtividade, planejamento e organização de rotinas, inteligência emocional, capacidade de analisar informações e tomar decisões, entre outras, competências comportamentais.
Uma vez a pessoa ou o gestor identificando as limitações comportamentais, nós temos o ponto de partida. O próximo passo é a pessoa percebendo a sua importância para o seu desenvolvimento e melhor execução das suas atividades, desejar se desenvolver. O restante é dedicação, treino e prática.
O papel do gestor é identificar as carências de cada membro da equipe, fornecer Feedback e ajuda-lo a desenvolvê-las, estruturando junto com a empresa programas específicos para atender as necessidades da pessoa e da empresa. Isso pode ser feito por meio de treinamentos e combinando com processos de mentorias.
Quando estamos cursando a universidade todo o nosso foco está nas áreas técnicas. Nós acreditamos que durante a nossa vida profissional, independentemente do segmento, sementes, proteção dos cultivos, biológicos, máquinas ou outro qualquer, nós iremos trabalhar com plantas, animais ou máquinas e, não com pessoas. O que é um engano.
Porém, com o tempo de mercado, nós percebemos de que as questões comportamentais ganham peso nas relações de trabalho. Se relacionar e lidar com pessoas é tão importante quanto entender de controle de pragas, doenças ou plantas daninhas.
Para que possamos desenvolver nossas atividades é preciso criarmos relacionamentos sustentáveis cada vez mais próximos com pessoas de diferentes perfis e personalidades.
E hoje com os constantes estímulos e bombardeamentos que as pessoas recebem no seu dia a dia, manter o foco, comprometimento e engajamento das pessoas, reduzindo os níveis de distrações, passa a ser um grande desafio, para as pessoas e os gestores.
Sem o comprometimento e foco das pessoas, as dificuldades são enormes, para não dizer impossíveis. E os nossos objetivos e metas ficam mais difíceis e mais distantes de serem atingidas.
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